Gostava que fosse sempre Natal
Com a aproximação do Natal sinto o espírito característico da época a apoderar-se das pessoas e penso que realmente é uma pena que não seja assim durante todo o ano.
Não me estou a referir àquela falsidade, que também está presente, de pessoas que passam a vida a infernizar-nos ou a falar mal de nós e chegada esta época é beijinhos e votos de boas festas com fartura. Também não falo do espírito consumista, apesar de ser uma pessoa que gosta de receber presentes.
Refiro-me às coisas boas, ao espírito de partilha, à generosidade e à cumplicidade de afetos. Ligar às pessoas que não vemos há muito, não para desejar Feliz Natal mas porque lhe sentimos a falta; presentear alguém porque essa pessoa nos faz bem e a queremos mimar; reunir os nossos, amigos ou família, à mesa para conviver e falar de trivialidades porque sim e não porque é uma obrigação de época festiva; ser mais generosos com o outro com gestos como abraçar quem amamos, ajudar a carregar compras, dar um bem alimentar, fazer uma careta a uma criança, sorrir a quem passa ou até fazer um carinho num animal, todos os dias e não porque estamos envolvidos no Natal.
Eu sei que sou um pouco utópica e que mesmo eu que tento ser assim sempre que posso tenho dias maus. Mas vou tentando fazer deste espírito algo mais que apenas uma data de Dezembro. E no meio desta Utopia, que não me parece que um dia vá longe, fico contente que pelo menos as pessoas façam um esforço para serem assim este mês. Valha-nos o Natal, ou como cantava o saudoso Freddie Mercury “Thank God is Christmas!”.
P.S. É bom estar de volta, nem que seja por um post! :)